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Melhores Linhas de Baixo: Os Grooves que Marcaram Época

De Queen a Michael Jackson, algumas linhas de baixo marcaram época. Descubra o que torna um groove inesquecível, conheça os músicos por trás do som e aprenda a tocar esses riffs clássicos.

O baixo é a ponte entre o ritmo e a harmonia. Discreto em muitos arranjos, ele é essencial para dar peso, movimento e direção à música. Uma boa linha de baixo transforma uma ideia simples em algo marcante — e, em alguns casos, define o som de uma geração.

Neste conteúdo, reunimos algumas das melhores linhas de baixo. Você vai entender por que elas funcionam tão bem, conhecer os artistas por trás e descobrir como aprender de forma inteligente.

7 melhores linhas de baixo da história da música

Uma boa linha de baixo vai além de sustentar as frequências graves. Algumas transformaram gêneros, impulsionaram carreiras e marcaram épocas. A seguir, você confere uma seleção de linhas de baixo icônicas.

1. Good Times — Chic (Bernard Edwards)

Uma das linhas de baixo mais sampleadas da história, o groove de Bernard Edwards em “Good Times” foi fundamental para o nascimento do hip-hop e da música dance. É um riff pulsante — cheio de repetição, balanço e precisão.

Essa linha inspirou “Rapper’s Delight”, do Sugarhill Gang, e se tornou referência de simplicidade e controle rítmico. Um verdadeiro estudo de groove.

2. Come Together — The Beatles (Paul McCartney)

A linha de baixo de Paul McCartney em “Come Together” é deslizante, com influência do blues e uma atmosfera hipnótica. Ela não apenas acompanha o ritmo — ela canta. Funciona como uma segunda melodia, se entrelaçando com a voz principal de forma sutil e marcante. Mostra como o baixo pode definir o clima de uma música.

3. Money — Pink Floyd (Roger Waters)

Com uma levada em compasso 7/4, “Money” traz uma das linhas de baixo mais reconhecíveis do rock. Roger Waters cria um groove sujo, sincopado e cheio de tensão.

O compasso irregular reforça o sentimento de instabilidade — refletindo a crítica à ganância e ao consumo presente na letra. Um exemplo de como o baixo pode transmitir significado sem exagero.

4. Another One Bites the Dust — Queen (John Deacon)

Inspirado pela disco music dos anos 70, especialmente pelo Chic, John Deacon criou uma linha simples, direta e marcante. Resultado: o maior sucesso do Queen nos EUA.

É também uma das favoritas de quem está começando no instrumento — uma aula sobre groove, precisão e intenção. Poucas notas, todas no lugar certo.

5. Billie Jean — Michael Jackson (Louis Johnson)

A pulsação precisa e constante de “Billie Jean” tem a assinatura de Louis Johnson. O groove, repetitivo e controlado, prende o ouvinte do início ao fim.

Johnson encontra um equilíbrio raro entre sutileza e personalidade. É um exemplo clássico de que, no baixo, menos pode ser mais — desde que tudo esteja no pocket.

6. Under Pressure — Queen & David Bowie (John Deacon)

Uma das linhas de baixo mais reconhecidas da música pop. Com poucos elementos, John Deacon constrói um groove sincopado que se repete com impacto.

Presente em shows, trilhas e até sampleada por Vanilla Ice em “Ice Ice Baby”, essa linha mostra como uma ideia simples pode atravessar gerações.

7. Hysteria — Muse (Chris Wolstenholme)

Moderna, agressiva e tecnicamente exigente, a linha de baixo de “Hysteria” é referência entre baixistas do rock. Chris Wolstenholme entrega um riff com distorção, velocidade e precisão que sustenta toda a faixa.

É prova de que o baixo não precisa ficar em segundo plano. Ele pode — e deve — assumir o protagonismo.

Lendas do baixo

Grandes baixistas ajudaram a definir o som de gerações inteiras. Do swing inconfundível do funk às linhas melódicas que sustentam o pop e o rock, eles transformaram simples batidas em verdadeiras assinaturas musicais.

Quer entender o minimalismo certeiro de John Deacon, o groove afiado de Louis Johnson ou o peso moderno de Chris Wolstenholme? Cada um tem uma história — e uma linha inesquecível — que vale conhecer. Explore nossa lista com os melhores baixistas de todos os tempos e mergulhe mais fundo nesses sons que marcaram época.

O que torna uma linha de baixo icônica?

O que “Good Times”, “Billie Jean” e “Under Pressure” têm em comum? Elas grudam na cabeça, fazem você sentir o ritmo e continuam vivas muito depois da última nota.

Mas afinal, o que faz uma linha de baixo ser realmente icônica? Não existe uma fórmula exata, mas as mais inesquecíveis costumam ter alguns elementos em comum — da forma como se encaixam com a bateria até o jeito como definem a alma da música.

Groove em primeiro lugar

Seja um pocket funkeado ou uma pulsação rock, uma linha de baixo marcante tem feeling. O groove acontece quando o baixo se encaixa com a bateria e impulsiona o ritmo. É o que faz você bater o pé ou balançar a cabeça. Lembre de Bernard Edwards em “Good Times” ou do pulso certeiro de Louis Johnson em “Billie Jean”. Eles dominam o groove sem roubar a cena.

Simplicidade e espaço

As linhas lendárias quase nunca são complicadas. Elas são claras, intencionais e fáceis de seguir. A de “Under Pressure”, de John Deacon, é um exemplo perfeito: poucas notas, todas colocadas no lugar certo. Essas linhas mostram que, às vezes, tocar menos diz muito mais.

Formas melódicas memoráveis

Algumas linhas de baixo são tão melódicas que você poderia cantarolar como se fossem a voz principal. Elas são cativantes, reconhecíveis e inesquecíveis. “Come Together”, de McCartney, ou “Another One Bites the Dust”, de Deacon, não são só parte da música — elas são a música. Quando a linha de baixo vira um gancho, a mágica acontece.

Timbre, textura e técnica

O som importa — e muito. Do slap elástico de um StingRay ao drive de um Rickenbacker, o timbre da linha de baixo é parte essencial da sua identidade. Pense no som cru de Chris Squire em “Roundabout” ou no grave quente das linhas da Motown: o baixo ganha personalidade e cor.

Existem diversas técnicas para tocar baixo — algumas universais, outras mais específicas de estilo. Cada uma adiciona uma ferramenta nova ao seu repertório e ajuda você a dominar o estilo que quiser explorar.

Impacto emocional ou cultural

Algumas linhas vão além da música — elas capturam o espírito de uma época. “Money” não é só um groove: parece que o capitalismo está desmoronando junto com a linha.

Seven Nation Army” virou mais do que um sucesso. Ela se transformou em um hino de estádios no mundo todo. Algumas linhas ganham vida própria e se tornam parte da cultura. Como disse Jack White: “vira música folclórica quando isso acontece — quando ela simplesmente se torna onipresente”.

Groove, timbre, simplicidade, melodia e peso emocional — esses elementos atravessam gerações de linhas de baixo icônicas. Seja analisando um solo de jazz fusion ou tocando o riff de “Another One Bites the Dust”, o DNA da grandeza está sempre presente.

Como aprender linhas de baixo de forma mais eficiente

Aprender uma linha de baixo clássica vai muito além de acertar as notas. É sentir o ritmo no corpo, entender como o groove se encaixa com o resto da banda e descobrir o papel essencial que o baixo desempenha em uma música.

Seja você iniciante ou já com alguma experiência, aqui vão dicas práticas (e ferramentas certeiras) para evoluir e tocar com mais intenção.

Isole o baixo com ferramentas de separação de áudio

Separar a linha de baixo do restante da faixa é uma das formas mais eficazes de entender como ela funciona. Com o Moises, você pode criar backing tracks personalizadas silenciando vocais, bateria ou qualquer outro instrumento — e focar só no baixo.

É uma ótima prática para treinar o ouvido e perceber os detalhes: como o baixista preenche os espaços, articula cada nota e varia o groove ao longo da música.

Comece com grooves simples e repetitivos

Se você está dando os primeiros passos, comece por linhas simples que se repetem bastante. Essas músicas costumam explorar uma ou duas ideias rítmicas e são perfeitas para ganhar confiança.

“Another One Bites the Dust” e “Billie Jean” são ótimos pontos de partida. Elas ajudam a desenvolver precisão rítmica, sentir o groove e se divertir enquanto aprende.

Assista a vídeos de performance e play-alongs

O YouTube está cheio de tutoriais, covers e vídeos com play-alongs que ajudam muito a visualizar postura, posicionamento dos dedos e técnica. Assistir às performances originais também é uma excelente forma de absorver estilo e expressão.

No vídeo abaixo, a artista Mohini Dey, parceira do Moises, compartilha sua trajetória, desde a técnica até o timbre.

Divida em trechos

Não tente aprender a música inteira de uma vez. Comece com o riff principal ou o groove da introdução, reduza a velocidade e repita até que fique natural. Quando dominar esse trecho, avance para o verso, refrão ou ponte.

A maioria das linhas icônicas se baseia em variações de um mesmo padrão — por isso, avance gradualmente e use ferramentas como o Moises para desacelerar ou repetir seções sempre que precisar.

Pratique com metrônomo ou loop de bateria

O groove nasce do tempo bem marcado. Treine com um metrônomo ou com um loop simples de bateria para desenvolver precisão rítmica. O app do Moises tem clique embutido e backing tracks com bateria que você pode ajustar.

À medida que for evoluindo, experimente tocar levemente adiantado ou atrasado em relação ao tempo — é assim que você encontra e desenvolve seu próprio pocket.

Toque com a faixa completa

Depois que dominar a linha, toque junto com a música original. Isso ajuda você a perceber como o baixo interage com os outros instrumentos e a entender seu papel dentro do todo. Com o Moises, é só silenciar o baixo da faixa e tocar junto como se fizesse parte da banda.

Aprenda de ouvido, não só por tablaturas

Tablaturas são ótimas para começar, mas treinar o ouvido leva sua musicalidade a outro nível. Com o Moises, você pode desacelerar partes difíceis e repetir quantas vezes quiser, nota por nota.

Quanto mais você depender do ouvido, mais seguro e conectado com o instrumento vai se sentir.

Adapte e improvise

Depois que aprender uma linha de baixo, experimente modificar. Altere o groove, mude a digitação, adicione um fill. É nesse momento que a técnica vira expressão. Brincar com essas variações ajuda você a internalizar o groove — e a desenvolver seu próprio estilo.

Conclusão

Pode até parecer que o baixo vive nos bastidores. Mas, na real, ele é peça-chave na construção da música moderna. De pistas de dança disco nos anos 70 a palcos gigantes no século 21, essas linhas não só sustentaram músicas: elas criaram gêneros, influenciaram gerações e ajudaram a eternizar alguns dos maiores hits de todos os tempos.

Bernard Edwards e seus grooves irresistíveis, Paul McCartney com linhas cheias de melodia e emoção, Chris Wolstenholme trazendo peso e distorção moderna — todos mostram como o baixo pode ser versátil, expressivo e inesquecível.

Com ferramentas como separação de áudio, apps de prática e tutoriais para acompanhar, nunca foi tão fácil se aprofundar.

Quer praticar? Use o Moises para isolar sua linha favorita e comece a tocar agora mesmo. E, se estiver no comecinho da jornada, vale a pena conferir nosso post com 7 músicas fáceis de tocar no baixo.

Traduzido por Camila Miranda

Justin Thompson

Justin is a Los Angeles based copywriter with over 16 years in the music industry, composing for hit TV shows and films, producing widely licensed tracks, and managing top music talent. He now creates compelling copy for brands and artists, and in his free time, enjoys painting, weightlifting, and playing soccer.

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